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ritual 2006, susana mendonça
http://www.publico.clix.pt/Media/restricao-de-anuncios-na-tv-para-criancas-comeca-este-ano_1417339
É PRECISO aligeirar esta obsessão legislativa de impedir a degenerescência humana – e, de uma vez por todas, aceitar. Aceitar o que somos e não somos. Os nossos pecados, as nossas divinas imperfeições. E permitir que os seres humanos conduzam as suas vidas com um mínimo de responsabilidade pessoal. Que possam chegar ao fim do caminho, olhar para trás e dizer: eu fui isto, eu sou isto. Por mim, para mim. A gula não é doença. É gula. Não é crime. É gula. É voragem pessoal, descontrolo gustativo, pura irresponsabilidade do palato.
O tabaco mata? A gordura mata? Mas a vida também é isto: uma sucessão de pequenas dificuldades e agressões que, em casos extremos, nos atiram para a cova. E que nenhuma varinha mágica pode resolver ou impedir. Se começamos a proibir o hambúrguer e a Coca-Cola, é lícito proibir tudo aquilo que provoca em nós tristeza, angústia e sofrimento
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